Quando trabalhamos com comportamento humano, inicialmente, não temos informações suficientes para prever como uma pessoa irá agir ou reagir. O Centro de Pesquisa e Inovação da MGP desenvolveu o T.E.A. – teste de existência e aptidão. Seu objetivo é medir os níveis de desenvolvimento psicológico de uma pessoa adulta para entender como as pessoas pensam, aprendem e se comunicam.
O aumento sobre a previsibilidade do comportamento de alguém, torna nossa voz mais poderosa e nossas decisões mais precisas, aumentando a efetividade da comunicação e dos resultados desejados. A ideia fundamental do T.E.A. é produzir um relatório fácil e prático sobre o comportamento da pessoa analisada, tornando a comunicação mais efetiva, diante de evidências concretas sobre sua tendência comportamental. Isso significa que qualquer pessoa, mesmo sem treinamento em análise comportamental, pode se beneficiar com o T.E.A., pois a leitura do relatório é simples e sua utilização intuitiva.
Para explicar o funcionamento do T.E.A., de maneira simples e lúdica, usamos a metáfora do brinquedo Lego®. O conceito Lego® se baseia em partes que se encaixam permitindo muitas combinações. O comportamento humano é um sistema aberto e não algo pronto, que também permite muitas variações. Nosso sistema neurológico é dinâmico e muda em resposta à evolução dos nossos problemas existenciais. Assim como no brinquedo, o comportamento humano pode ser segmentado em partes que indicam a tendência comportamental de uma pessoa, permitindo inúmeras combinações.
Imagine que somos bonecos de Lego®, formados por peças de diversas cores. Essas cores orientam nossos comportamentos. Quando observamos as cores de uma pessoa podemos prever o comportamento dela, pois elas orientam como a pessoa irá agir em determinadas circunstâncias.
O T.E.A usa 8 cores para representar modelos evolutivos de inteligência adaptativa no comportamento. Esses modelos servem como guias de previsibilidade comportamental, produzindo uma boa noção sobre como a pessoa gosta de ser tratada, quais são seus valores e quais atitudes podemos esperar.
As cores são bege, roxo, vermelho, azul, laranja, verde, amarelo e turquesa. Cada cor representa um modelo de comportamento específico das interações do sistema neurológico com estímulos externos. Assim, cada cor contém uma tendência comportamental. Por exemplo, pessoas com peças vermelhas são mais dominadoras, as azuis apresentam forte distinção entre certo e errado, enquanto pessoas verdes tendem a decidir pelo consenso.
Temos preferências por algumas cores e, normalmente, não o fazemos de maneira consciente. Cada pessoa tem uma tendência comportamental, não fixada quando nascemos, pois todos têm a capacidade de construir novos mundos conceituais pela experiência de vida. Todos possuímos uma inteligência adaptável e complexa que se desenvolve em resposta às condições vividas.
No decorrer da vida, quais cores compõe seu comportamento?
É interessante notar que certas cores apresentam características comuns. Pessoas com cores mais frias, como roxo, azul, verde e turquesa, tendem a negar a si mesmas para aceitar condições externas diante da negação de sua vontade individual. Pessoas com cores mais quentes, como bege, vermelho, laranja e amarelo, tendem à auto expressão e transformam condições externas para projetar sua vontade individual.
Essa oscilação de tendências acontece com todos nós, pois em certas situações queremos fazer valer nossa opinião e em outras aceitamos opiniões alheias para evitar conflito. Isso acontece, pois tentamos atender novas condições alterando nosso comportamento.
As cores são apresentadas numa hierarquia ordenada pelas nossas necessidades, ou seja, a primeira cor, bege, refere-se às necessidades mais básicas do ser humano, como por exemplo abrigo, alimentação, etc.; a segunda cor, roxo, trata de novas necessidades, mais amplas e geradas pela satisfação das necessidades mais restritas. Em síntese, nós passamos de uma cor para a outra quando exaurimos plenamente as necessidades da cor mais restrita e enfrentamos novos desafios, da cor mais ampla, impulsionando nosso crescimento comportamental. Esse ciclo se repete nas oito cores.
Cada cor é vinculada à evolução cultural e ao desenvolvimento individual, e tem como referência um sistema neurológico e um problema existencial. Assim, a cor bege tem como referência o sistema neurológico de sobrevivência e problemas existenciais mais restritos, como abrigo, sexo e alimentação. Quando surgem problemas existenciais mais complexos, como o roxo, a psicologia bege é estimulada para atender uma nova condição, a da cor roxa, sendo necessário desenvolver um novo sistema neurológico, roxo, para adaptar-se na nova realidade.
Todas as cores tem foco na sobrevivência, ou seja, todas as cores conduzem uma determinada tendência comportamental para comandar ações que satisfarão as necessidades da pessoa.
BEGE: Instinto e sobrevivência. Existência automática de valores reativos. Essa é a cor mais restrita e básica. As pessoas apresentam a tendência para satisfazer as necessidades fisiológicas, como água, alimento, abrigo e reprodução. Trata-se de um estado mental automático onde as necessidades levam em conta o tempo e espaço, sem verificar relações de causa e efeito. Qualquer ação que reduza a tensão imediata é desejável. Por sermos organismos fisiológicos, todos temos esses valores reativos. Essas pessoas vivem com aquilo que está ao seu alcance para levar uma vida produtiva, assim considerada quando seus mecanismos de resposta estão aptos para reduzir as tensões fisiológicas imperativas. O importante é manter características que compõe as coisas vivas, como respiração, nutrição, excreção, reprodução, crescimento, sensibilidade e movimento. Socialmente, podemos encontrar essa cor em pessoas em conflitos armados e moradores de rua.
ROXO: Segurança e estabilidade. Existência natural de valores tradicionais. Essa cor indica que as necessidades, da cor bege, foram satisfeitas e atendidas. Trata-se de um estado mental de manutenção, pois a pessoa pretende continuar um modo de vida que não entende, mas o defende fortemente. Qualquer ação que defenda a manutenção das coisas como elas são é desejável. Para essas pessoas, ter sucesso é continuar o que parece que está dando certo para que seu grupo continue existindo exatamente como ele é. O grupo pode ser representado pela família, amigos ou outras relações pessoais. Essa estabilidade normalmente é alcançada pelo controle dos mais velhos, guiados pela tradição de um estilo de vida não explicável, que continuará relativamente inalterado até que seja perturbado. Algumas pessoas podem apresentar ideias sobre mitos, tradições e superstições, representadas por fenômenos místicos como bênçãos, amuletos da sorte e rituais. Socialmente, podemos encontrar essa cor em astrólogos, membros de gangues e alguns atletas.
VERMELHO: Poder e dominação. Existência heróica de valores soberanos. Essa cor indica o desenvolvimento da individualidade onde o grupo é colocado num plano secundário, pois a consciência leva em conta o universo de ameaças físicas. A pessoa cria a figura do herói para construir uma existência que promoverá sua sobrevivência individual, onde ela pode controlar e dominar. Essa cor valoriza o heroísmo como meio, onde o vencedor tem direito de exercer ganância, avareza, inveja e orgulho, pois suas ações mostram que ele é digno da sobrevivência. É muito comum encontrarmos uso do poder implacável, ações ousadas e impulsivas, além de emoções voláteis. Busca pelo aproveitamento máximo para resultados imediatos, com possível dificuldade em sentir pena ou remorso. A pessoa vive o aqui e agora para satisfazer suas necessidades imediatas, lutando agressivamente pelo prazer imediato. Pode ser verificada uma inclinação para testar o merecimento dos outros. Socialmente, podemos encontrar essa cor em equipes esportivas, soldados, astros do rock e juventude rebelde.
AZUL: Ordem e sacrifício. Existência sagrada de valores totalitários. Essa cor indica que a vida tem propósito e significado, onde as situações são determinadas por um código de conduta embasado em valores absolutos daquilo que é certo e errado. A pessoa segue rigidamente regras de conduta, onde a violação gera severas consequências e a obediência gera recompensas. Tendem a impor lei e ordem, controlando a impulsividade pela culpa, podendo sacrificar-se pela honra. As causas devem ter propósitos, havendo somente uma maneira de se fazer o certo. Tendência em respeitar autoridade, aderir tradições e punir erros. É comum apresentar valores como negação, deferência, piedade, modéstia, auto-sacrifício e auto-disciplina. Existe a percepção de que não vivemos neste mundo para apenas buscar o prazer. Socialmente, podemos encontrar essa cor em religiosos, escoteiros e militares.
LARANJA: Autonomia e realização. Existência individual de valores materialistas. Essa cor indica orientação para racionalidade, competição, conquistas científicas e ganhos materiais. Apresenta grande fluidez e adaptação para alcançar objetivos estabelecidos. Utilitaristas, pragmáticos e orientados para obter resultados. As pessoas podem apresentar tendência em usar influência e defender elites. São pessoas que valorizam igualdade de oportunidades, espírito empresarial, eficiência e risco calculado. As pessoas com a cor laranja se esforçam para conquistar o mundo aprendendo seus segredos, diferentemente da força bruta usada pela cor vermelha, pois usam tempo suficiente para desenvolver e utilizar métodos objetivos, positivistas, operacionais e científicos. Trata-se do ser-humano racionalista que objetivamente explora o mundo. Os valores decorrentes desta cor são direcionados para realização e obtenção, ou seja, em ter e possuir. Socialmente podemos encontrar essa cor em empreendedores e economistas.
VERDE: Igualdade e aceitação. Existência personalista de valores igualitários. Essa cor indica preocupação em pertencer, em ser aceito e conhecer os outros e a si mesmo para conseguir harmonia e paz. Pode apresentar aversão à hierarquia, pondo-a de lado por ser opressora, além de estabelecer fortes vínculos e ligações laterais, apresentando permeabilidade relacional. São pessoas sensíveis, com alto calor humano, que dão ênfase aos diálogos e relacionamentos. Normalmente decidem pelo consenso e reconciliação. Apresentam sensibilidade ecológica, operando em sistemas de rede. A fria racionalidade deve ser substituída pelos sentimentos. São igualitários, de valores pluralistas na construção da realidade social, aceitando a diversidade e o multiculturalismo. Crêem que todos são iguais e que tudo é relativo, defendendo o politicamente correto. Necessita de aceitação e sentem-se bem diante do sacrifício. Promovem a igualdade de gêneros, direito das crianças e dos animais. Superficialmente, os valores verdes podem parecem inconstantes se comparados com valores dos outros níveis, pois sua aparência muda conforme “o outro” muda suas preferências. Socialmente podemos encontrar essa cor em defensores de animais, praticantes de yoga, ecologistas e ativistas.
AMARELO: Adaptabilidade e integração. Existência cognitiva de valores independentes. Essa cor indica prioridade na flexibilidade, espontaneidade e funcionalidade. As diferenças e pluralismos podem ser integrados em fluxos naturais e interdependentes. O poder e status são substituídos por competência e conhecimento. São pessoas motivadas em aprender e entender a complexidade da vida. Bens materiais são menos importantes diante da magnitude do aprendizado. Mudança e caos são esperados, pois fazem parte da evolução humana. O foco do amarelo é o mundo exterior e o uso do poder pessoal para se relacionar com ele. Existe a percepção da interdependência de todas as coisas do universo e da existência de paradoxos. Trata-se de uma cor tão diferente das demais que apresenta dificuldades na transmissão do seu conteúdo. São pessoas que fazem o trabalho do jeito que lhes pareça mais adequado. Elas buscam o respeito próprio, possibilitando a formação de uma base existencial para perceber a realidade em que o conhecimento é o maior valor. Em síntese, para a cor amarela, o comportamento adequado é aquele baseado na melhor evidência possível obtida pela verificação da realidade. Dessa forma, aquilo que é considerado como certo hoje, pode ser visto como inadequado amanhã.
TURQUESA: Compaixão e aceitação. Existência experimentalista de valores globais. Essa cor indica a existência de valores universais e integrativos conectados num sistema consciente. Trata-se da união entre o sentimento e o conhecimento. Essa pessoas são motivadas em ajudar tudo a se conectar em um único organismo vivo, como uma mente coletiva. Pensador intuitivo e cooperativo. Essas pessoas apresentam uma exploração peculiar e paradoxal sobre o mundo interior, tratando-o como se fosse um novo brinquedo. E ainda que brinque com ele, essas pessoas têm a percepção de que nunca saberão o real significado do seu “eu” interior. A pessoa necessitará aprender como viver de modo que o equilíbrio da natureza não volte a ser perturbado, além de evitar o auto engrandecimento individual.
Independentemente das cores que escolhemos, determinadas situações orientam nossos comportamentos. Assim, uma pessoa com várias peças verdes, indicando comportamento igualitário, pode se tornar um violento vermelho para defender a segurança dos filhos. Do mesmo modo, um funcionário conservador com muitas peças azuis pode ficar tão insatisfeito, que resolva partir para uma carreira-solo empreendendo no seu próprio negócio. Isso significa que esse funcionário substituiu algumas peças azuis por peças laranjas, indicando a competitividade de sua nova cor.
Existem orientações gerais, como a de que peças azuis são adequadas para funções de secretariado, peças laranjas são desejáveis em administradores e publicitários criativos optam mais por peças amarelas. Mas na realidade, tudo depende da função e do nível de existência que a pessoa se encontra naquele dado momento.
A hierarquia das cores leva em consideração nossa capacidade de adaptação e regeneração, onde cada cor que sucede a outra apresenta um horizonte mais amplo e uma organização mais complexa com novas prioridades e objetivos. Isso significa que nossa evolução é dinâmica e sempre inacabada, atingindo níveis cada vez mais altos de complexidade e amplitude. O T.E.A. é a forma mais efetiva para mapear o pensamento humano, trazendo efetividade na comunicação diante da previsibilidade comportamental das pessoas.
Descubra quais são as cores que compõe o seu comportamento.
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